Esse fundúncio da Lotopar, a loteria do Paraná. Fantasia do governador, mais uma. O Paraná já teve loteria; a gente entrava na banca e comprava a federal ou fazia fézinha no bicho. Como o governador precisa mostrar serviço, se precisa inventa necessidades – daí a loteria. Afinal, há dois Paraná, o de antes e o durante o governo Ratinho, pois o governador resolveu os problemas e não deixou surgir nenhum novo. Aliás, é esse o problema do governador, o excesso de eficiência, ou a ausência de ineficiência, que faz da calmaria tempestade.
Mas como este espaço é de insultos, segue insulto à Lotopar: seu organograma enxuto, de armazém de secos e molhados – presidente, diretor e chefe de gabinete; e o conselho de administração, que parece o grupo de amigos do jogo de truco semanal, três membros, dois secretários do gabinete íntimo do governador mais o presidente da Lotopar. Um serviço de loterias desse formato sempre soa nepotista, para assegurar jetons aos secretários que carregam o piano do Iguaçu. Mas diante do governador que temos, ressoa como ofensa.