Olivia de Havilland, atriz inglesa do clássico E o vento levou, de 1939, processou os produtores da série Feud, de 2017. O processo foi rejeitado liminarmente na justiça norte-americana. Pedia indenização por danos à sua imagem, segundo ela distorcida na interpretação de Catherine Zeta-Jones sobre a relação conturbada que manteve na vida pessoal e profissional com a irmã Joan Fontaine. Coisa boa não faz jurisprudência no Brasil, bem ao contrário. Fizesse, essa papagaiada de petistas e dilmistas sobre a deturpação de Lula e sucessora na série O Mecanismo iria para o lixo no processo que ameaçam contra a Netflix.
Para Dilma et peterva a deturpação é grave: o personagem que encarna um suposto Lula fala em “acabar com essa sangria” [a Lava Jato], frase sabidamente do senador Romero Jucá; o escândalo Banestado é deslocado para os governos petistas, quando vem do governo FHC. Desatenção dos roteiristas. Mas a série é obra de ficção, os personagens não usam nomes reais. No típico ranço estalinista, Dilma et peterva queriam o ‘realismo socialista’: a ficção deve educar o povo dentro dos padrões da verdade oficial ditada pelo partido – outra ficção. Dilma não conhece literatura nem cinema de ficção. Ficção, ela apenas, personagem de um só autor, Lula.