Alegoria da frescura

ESSE FILME do Oscar, ‘A forma da água’, do homem aquático que se apaixona pela faxineira muda. Uma alegoria da diversidade, diz Margarete Guinsburg, minha consultora de cinema. Que nada, é alegoria do assédio, que virou moda condenar em Hollywood, aquelas atrizes no desvio e as que querem aparecer cuspindo nos diretores que deram chance a elas.

O homem submarino dá uns amassos na mocinha dentro do aquário-residência, mas não pode ir ao finalmente: ela não respira dentro da água, ele não respira fora. Dizem que é arte. Para outros é frescura, que nem ‘A bela e a fera’, alegoria do estupro. Mas sem frescura na arte não teríamos Proust, Oscar Wilde, André Gide. Que faziam dentro e fora d’água.

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