Lula escorregou na casca de banana da demagogia: baixou medida provisória isentando do imposto de renda os prêmios dos atletas olímpicos. O pressuposto é a glória esportiva, tão pífia nas derrotas humilhantes quanto importante nas raras vitórias. Lula, que fala na hora errada o disparate absurdo, quer surfar na onda dos medalhistas. Primeiro ele, que nada tem a demonstrar em seu governo, esgotado depois do grande feito como vencedor de Bolsonaro. Depois disso, não sobrou nada, tanto na aprovação quanto na rejeição ele empata com Bolsonaro. O blog escusa-se de comentar presentes não declarados porque nesse artigo não há inocentes no Brasil.
Se Lula continuar isentando do imposto brasileiros que começaram a trazer glórias, o déficit público subirá à estratosfera. A Lula, cada dia mais populista, só interessa o fuzuê do carnaval com que receberá os atletas (os perdedores maldosamente esquecidos) que, em colateral, darão corda ao protagonismo da ressignificação de Janja – a primeira dama que compareceu por três dias à Olímpiada levando séquito de documentaristas para fotografá-la no esplendor de seus vestidos espalhafatosos. Tudo bem. Para Lula, o dinheiro público nasce no Banco Central, cujos diretores teimam em cumprir a lei com medidas para preservar-lhe o valor.