Em quatro dias a governadora Cida Borghetti demitiu o diretor de comunicação da Copel e ex-chefe de gabinete do governador Beto Richa. Este por sua vez perdeu o foro privilegiado e está sob inquérito pelo juiz Sérgio Moro. Cida atirou com a arma ainda do coldre e mandou para a televisão a campanha de combate à corrupção. Esta corrupção tem as onipresentes digitais da Odebrecht, licitação arranjada.
Imagino a indignação da atual governadora, mais enganada que nós paranaenses com tais episódios de corrupção: vice-governadora por três anos e pico e não percebeu as mutretas, muito bem escondidas dela. Se ela não sabia, pior para nós paranaenses eleitores e contribuintes, que tivemos Beto como deputado, prefeito e governador. Só tem um ponto nessa história que precisa ser melhor explicado.
Coisa simples, pode ser bobagem de quem bloga: o imbróglio surgiu de uma suposta propina de R$ 2.5 milhões para o caixa dois da campanha de reeleição de Beto Richa. Cida Borghetti foi vice na chapa de Richa. Não investigada junto com Richa, significa que fez campanha separada, com contas separadas? Deve ser isso. Mas um motivo para a indignação da governadora.