Descuido e descaso

A PGR pediu a prisão temporária de três antigos colaboradores do presidente Michel Temer. O ministro Luís Roberto Barroso, do STF, deferiu. Decorrida menos de uma semana a mesma PGR pediu a revogação da prisão e o mesmo ministro deferiu.

Há qualquer coisa, melhor, muita coisa errada, para ser autorizada e logo em seguida suspensa a prisão. Pressa da PGR, desatenção do ministro? Tanto faz, erro de lado a lado. Pior: baratearam instrumento valioso na investigação criminal e dos direitos individuais.

E atingiram em cheio a autoridade – já comprometida – tanto do Ministério Público quanto do STF. A impressão que fica: a chefe da PGR e o ministro avaliaram mal seus atos e, na falta de maior abalo político, ficaram abalados pela reação vigorosa do presidente.

É previsível que essa fatura seja apresentada pelo ministro Gilmar Mendes em seu próximo embate com o colega Barroso no STF. Talvez sobre para a procuradora Raquel Dodge, cuja nomeação para a chefia da PGR teve seu apoio junto ao presidente.

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