Dodge Dart, Dodge Polara

O CNMP Conselho Nacional do Ministério Público descarta “por ora” a participação da PF na investigação do homicídio de Marielle Franco, a vereadora do Rio. Excluir a PF é excluir o MPF. Falta de senso estratégico do Conselho. Faltou torque a Raquel Dodge, chefe do MPF?

Perde oportunidade preciosa para encetar uma lava jato diferente da Lava Jato da corrupção. Excelente oportunidade para mostrar serviço, até justificar os auxílios, sobretudo o impopular da moradia, eventualmente mais um, o de risco.

Quero crer que pesou o risco de vida para os procuradores do MP que atuariam no Rio. Há precedentes em outros lugares do Brasil.  O Rio não está fácil nem para o exército interventor, convencional, que não demora bate em retirada.

O que lá acontece não é guerra, é guerrilha urbana. O exército ataca em formação, o inimigo, ataca e recua disperso, conhecedor profundo do ambiente e do terreno. Guerrilha de vários grupos que operam independentes, que podem até se aliar contra a força legalista.

As forças de intervenção operam como o Dodge Dart, imenso, pesado, cavalos demais, ébrio de gasolina, trambolho nas nossas ladeiras. A guerrilha é o Dodge Polara, o compacto argentino que rodou por aqui, suspensão macia, cavalos na medida, bom de manobras de evasão.

 

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