Duas cepas, uma civilização

“A burguesia é a maior cepa da França. (…) Há uma casa, uma lâmpada, uma sopa, lareira, vinho, cachimbos por trás de toda obra importante entre nós” – Jean Cocteau (1889/1963) em Le Rappel à l’ordre, Paris, 1926, p. 17.

A burguesia é a pior cepa do Brasil. Há preconceito – de cor, de classe, de posição política; há ódio – pela ascensão dos trabalhadores; há alegria, euforia, exaltação – pelas sucessivas condenações de Lula; há tolerância, complacência, negação – diante da política de direita com vícios iguais aos da política de esquerda, até maiores que estes.

Há uma casa com o Facebook destilando ódio, injúrias, difamação e falsidade. Para a burguesia do Brasil, a obra importante se expressa na festa saudosista e de exaltação da escravatura de Donata Meirelles, decorada com negras vestidas de escravas e aplausos de famosos, negros de origem, entre os convidados.

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