João Rodrigues, o gato aí da foto (gato no melhor sentido, de cara bonito e charmoso) é deputado federal, PSD/SC. Está preso na Papuda por um daqueles motivos injustos e desumanos que o ministro Gilmar Mendes não cansa de criticar e os ministros Lewandowski, Marco Aurélio, Toffoli e Celso de Mello não cansam de absolver. Nem vale a pena apontar, a maioria dos políticos sofre com essa calúnia.
Nosso irmão do Sul Maravilha pediu para deixar a prisão de dia para trabalhar na câmara e voltar à noite para dormir. Agora anotem o nome: a doutora Leila Cury, titular da vara das execuções penais do Distrito Federal, indeferiu. Leiam o despacho e fiquem arrepiados como eu estou até agora – nem tanto pelo conteúdo quanto pela forma, nada do estilo Djavan da ministra Rosa Weber:
A ausência de vinculação hierárquica afasta inequivocamente qualquer possibilidade concreta de fiscalização do benefício tanto por parte do empregador, quanto por parte da autoridade pública, responsável pela fiscalização. Neste ponto, esclareço que a fiscalização dos presos em trabalho externo é feita pelos agentes penitenciários ou de atividades penitenciárias lotados na Gerência de Fiscalização e eles, como inclusive ocorreu recentemente em caso análogo análogo, não têm acesso livre ao parlamentar; não têm acesso imediato ao interior do Parlamento, muito menos a gabinete de deputado, sem antes, se submeter a rígido controle dos agentes de segurança da Casa Legislativa, os quais, muito menos a gabinete de deputado, sem antes, se submeter a rígido controle dos agentes de segurança da Casa Legislativa, os quais, por sua vez, são obviamente subordinados hierarquicamente àquele que deveria ser fiscalizado”.
A doutora é da cepa de Rosa Weber, de Cármen Lúcia e da juíza de Curitiba que brecou o fuzuê de Roberto Requião na visita a Lula. Conheço a doutora. Não lhe digo é nome porque além de rígida é discreta, nunca sairá na revista Cláudia com brincões de argola, nem no Facebook contando com quem mora. Mas em Brasília tem Nancy Andrighi, do STJ, que refrescou para Geraldo Alckmin, e os ‘garantistas’ do Supremo. Leila é dura, mas não dura.