O Estadão critica Rosângela Moro de oportunista por deixar seu mandato de deputada por São Paulo para disputar a vice de prefeito de Curitiba. Claro que é oportunismo, mas não é o primeiro político e pescar com a vara do cônjuge. No Nordeste tem coisa pior: as mães suplentes dos filhos, que, ao assumirem outros cargos, deixam-nas no exercício dos mandatos dos quais eles continuam titulares. O sujeito dobra a cotação do capital político, primeiro pela eleição, depois pelo cargo não eletivo.
Duas deformações brasileiras, em que o nepotismo alia-se ao fisiologismo, que ao fim e ao cabo faz do eleito representante de si mesmo e com sócio nos rendimentos de seu capital político. Rosângela vice prefeita, o marido senador achando-se sócio da prefeitura, só falta Ney Leprevost ser um banana para deixar o casal mandar na Saúde, como apregoado como preço de seu acordo com o maridão Sérgio Moro para captar, por via indireta, da mulher, os votos do senador.