Homem, nenhum

Um gaiato pediu para fazer selfie com a deputada Manuela D’Ávila no acampamento do movimento sem presidente e depois gritou o mantra ‘Viva Bolsonaro’. No selfie fez aquilo que se faz em qualquer selfie: aproximou-se da selfada, ligeiramente encostado, tocou-lhe o ombro e lascou a foto. Depois do brado retumbante às margens do Ipiranga lulista foi um auê de berros e punhos ao alto, a erotomania da esquerda.

Lindberghs e companheiras do grelo duro e do miolo mole quiseram bater no golpista. Manuela e Lindbergh foram chorar as pitangas na Polícia Federal, pois o gaiato estava lá dentro com eles (e por que eles podiam estar lá e o gaiato, não? São melhores por que parlamentares petistas?). Corte, cena seguinte, Manuela registrou boletim de ocorrência e desabafou: “homem nenhum toca em meu corpo”.

Não devia ser assim. Devia ser “nenhum homem qualquer toca no meu corpo”. É como fala uma ‘moça bonita’, a qualidade da candidata segundo o presidente Lula. Como presidente ou presidenta, moça bonita será novidade; a anterior não era moça nem bonita e ao que se sabe ninguém tocava em seu corpo. Pelo menos no berro e nos modos Manuela mantém a elegância e a classe das companheiras.

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