Quem conta é Ascânio Seleme, do Globo. Na despedida-discurso no sindicato em São Bernardo, Lula a todo tempo levava aos lábios a garrafinha plástica com um líquido claro, que ele bebia aos golinhos.
No palanque, as companheiras Gleisi Lula, Manoela Lula e Dilma Lula, preocupadas, se entreolhavam, uma delas tentou tirar a garrafa de Lula Lula, sendo afastada de modo até ríspido pelo messias de Garanhuns.
Sabe-se que comentavam sobre o hálito do futuro preso, aquele cheiro que nem vodca nem água mineral deixam na boca de quem as bebe. Então Lula começou a falar: “Não sou humano, sou uma ideia…”
Eureca: a ideia estava na garrafinha, como o gênio na lâmpada. A ideia não era humana. Era líquida, incolor, translúcida. Tinha nome: Pirassununga, aguardente de cana 51. No rótulo e na propaganda, uma “boa ideia”.