Coisa de Ezequias Moreira? O Cerimonial do Iguaçu falhou na posse da governadora Maria Aparecida Borghetti Barros – que antes de ser elevada à curul governamental atendia por Cida Borghetti. Montou-se um palanque e a governadora tomou seu lugar com plebeus à volta – menos Rafael e MinhaMargarita Greca, nobres dos pinheirais. Falha grave, o chefe do Cerimonial, o dito Ezequias, deve estar no sereno (a menos que esteja no pacote dos remanescentes que Beto Richa negociou com a sucessora). A novel governadora merecia pompa e circunstância. Afinal, é “governadora mulher”, como diria Janete Roussov, aliás, Dilma Rousseff.
A senhora governadora deveria assomar à posse em carruagem aberta, puxada por seis cavalos brancos, ajaezados, penachos nas cabeças, algo entre o rococó e o fin-de-siècle, rédeas nas mãos do cocheiro, na traseira, pendurados, o postilhão e o palafreneiro, todos envergando librés pespontadas a fios de ouro, os três com perucas brancas à Luís XV . Ao lado da governadora, acenando para a multidão, Ricardo de Maringá, príncipe, marido e con(muita)sorte. Indispensável, absolutamente indispensável, o cortejo do Regimento Coronel Dulcídio, seus ginetes em trajes de gala, sabres ao alto, à príncipe dom Pedro no Ipiranga.
Se o doutor Carlos Lambach ainda estivesse no Cerimonial não teria essa patuscada brega armada pelo atual secretário sem cerimônia. Uma coisa é o palanque para a medalha do Pinheiro, aquela premiação na qual mais da metade não merece nem um pinhão queimado, outra é o dossel para a posse de Maria Aparecida Borghetti Barros. No entanto, e apresso-me a antecipar, se tudo que aqui escrevo for em vão, só para desopilar a má vontade com Ezequias Moreira, se o cerimonial da posse veio de Maringá, tanto pior para Ezequias, inocente neste evento mas punível pelo conjunto da obra.