Mecanishmu

CARO, a petelhagem se masturba contra a série O Mecanismo. Povo inculto, que não leu a Gata Borralheira. Lesse, ia dizer que a companheira abóbora e os companheiros ratinhos são explorados pela fada fascista. E que o sapatinho de cristal devia ser vendido no brechó para alimentar a criadagem do príncipe. A borralheira, então, é alienada, coxinha recalcada. Ninguém percebe que na série há mais de ridículo que de ofensa.

Exemplo: a delegada que tem caso com o procurador da Lava Jato. A maior liberdade de criação não permite sequer sonhar com um procurador da Lava Jato tendo arranjo fora do casamento. São moços de “minha esposa”, tementes à mulher;  com eles, “maionese e sexo só feito pela minha senhora”. Aquelas caras de abuso de autoridade, Deltan Dallagnol para baixo, os ferrabrases da Lava Jato não pulam cerca.

A delegada federal do filme até que passa, mas fica longe tanto da delegata real quanto de Flávia Lessandra, que a encarnou no filme sobre o juiz Sérgio Moro. Se alguém me trouxer abaixo assinado, assino com adendo contra Selton Mello, o ator principal. Não dá para aguentar seu sotaque chiado de novela da Globo. Até ator de Florianópolis fala curitibês melhor. A série não ofende Lula. O grande problema da série é ofender Curitiba. (Saverio Marrone)

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