À mestra com carinho

CALÍGULA foi imperador de Roma entre 37 e 41, impichado aos 28 anos via assassinato. Era doido de pedra: transava com a irmã, mandou que Sêneca cometesse suicídio, considerava-se deus – daí sonhar que a humanidade tivesse uma só cabeça, para poder decepá-la de um só golpe, ele poupado por ser deus. Tinha um lance com seu cavalo, Incitatus, a quem cobria de joias e instalou em estábulo de mármore. O animal era servido por 14 ou 16 assessores (os autores divergem da cifra).  

Ah, sim, deu a cavalo amado um mandato de senador – vitalício, pois em Roma os senadores deixavam de ser senadores só quando morriam, de morte matada, de morte morrida ou quando se suicidavam cortando os pulsos na banheira (de água quente, para relaxar e sangrar melhor). Não se conhece lei proposta por Incitatus, mas sabe-se que dava coices e relinchava à menor suspeita levantada contra Calígula.

Se os golpistas não o tivessem assassinado, Calígula teria nomeado Incitatus cônsul de Roma. O que representava meio caminho andado para ser imperador. A história, sempre a mestra da vida. 

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