Será que tem aula de gramática no ensino básico de Alagoas? Não deve ter. Tivesse, o senador Renan Calheiros não diria que a tragédia do incêndio de São Paulo foi “uma metáfora do governo Temer”. Renan Calheiros é alagoano e fez o fundamental, o médio e o superior em Maceió.
Mas da gramática, nas figuras da retórica, revela que nada aprendeu sobre a metáfora. Por exemplo, se dissesse “Renan é um gato”, seria metáfora, tanto no sentido da beleza quanto no outro, vulgarizado entre os políticos. O que o governo Temer tem a ver com o incêndio de São Paulo? Nada.
Metáfora por metáfora, Renan e Michel Temer são filhos da mesma gata. Renan não devia se meter com o que não conhece, tipo figuras de retórica. Simples: se Temer é uma metáfora, Renan é a metonímia, a figura que extrai da imagem a ideia do todo.
Por exemplo, a frigidaire pela geladeira, a gillette pela lâmina de barbear. E renancalheiros pelo que há de mais pernicioso na política brasileira.