Moro na filosofia

SEI não, mas algo me diz que Sérgio Moro será absolvido pelo TRE. Condená-lo desmoraliza o povo que o glorificou como justiceiro e o elegeu nos píncaros de votação, mesmo após sua tentativa de ser eleito por São Paulo. Quando falo em povo incluo juízes em geral, que o aplaudiam na época. O Paraná já tem fama de direitista – pré e pós bolsonarista -, que replica a cada eleição, elegendo a direita e mantendo a esquerda mirrada no legislativo.

Quando nada, é mais prático, machuca e desmoraliza menos lavar as mãos e entregar Moro para o sacrifício pelo TSE. Por lá, mais uns quatro anos, sua condenação será revista e ele será santificado em decisão monocrática de um dos deuses do STF – quem sabe o que eventualmente o tiver condenado. Hora de ser prático e dar alguns meses de mandato para o senador, porque logo trocaremos seis por meia dúzia, um eleito por Ratinho Júnior.

Às favas os escrúpulos com o estado democrático de direito, como disse o ministro e general Passarinho ao assinar o AI-5. Cansa essa moda retórica de chamar nosso regime de democrático de direito, um sofisma esquerdista, com ranço de centro acadêmico. Se o estado não for democrático não é de direito e vice versa. Aliás, se Moro for absolvido o estado será mais ou menos de direito? Ninguém acusará os juízes do TRE de não democráticos de direito.

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