O Marechal Floriano, nosso segundo presidente, era um ditador, mas justificadamente: a república nascente corria perigo por todos os lados, desde a revolta da Armada, no Rio, até a Revolução Federalista, no Sul. Era ditador, mas não amante do poder. Eleito como vice, assumiu na renúncia do Marechal Deodoro e exerceu todo o mandato sem adotar o título de presidente. Assinava leis e decretos como vice-presidente.
Lideranças traziam dificuldades a seu governo. Ele não vacilava, mandava prender. O STF mandava soltava com os habeas corpus de Rui Barbosa, a estrela da advocacia na época, ex-ministro de Deodoro. Um dia Floriano comentou: “daqui a pouco quero ver quem vai conceder habeas corpus aos juízes do Supremo”. Não esperou muito. Aposentou a maioria e nomeou os que faltavam, entre eles um amigo médico.
Do jeito que está, dando habeas corpus a quem não merece e negando aos necessitados, o Supremo precisa de menos ministros e mais médicos na bancada. Quem sabe na presidência do Marechal Bolsonaro.