A negação é um mecanismo de defesa que basicamente é recusar-se a reconhecer que um evento ocorreu. A pessoa afetada simplesmente age como se nada tivesse acontecido, se comportando de maneira que outros podem ver como bizarro.
A definição vem da internet. Ela explica o comportamento do PT tanto nos casos de corrupção quanto na corrupção específica que levou à condenação de Lula. O partido e seus militantes, incluído o líder máximo, não consegue aceitar as evidências da corrupção. As evidências e as consequências. Daí o comportamento alienado da maioria e o comportamento hipócrita dos dirigentes, ambos negando o que aconteceu.
Ignoram e fingem ignorar a realidade no ataque a juízes e procuradores e à imprensa, o arraial nas imediações da PF em Curitiba. Algo que merece estudo psicanalítico. Veja-se a insistência de Lula em ser candidato e a insistência da burocracia petista em tê-lo candidato: ele perdeu o senso de medida e de perspectiva, perplexo com sua queda do olimpo em que se entronizou; ela agarra-se à boia de salvação para sobreviver.
Um e outro em ações patéticas. Lula, na carta em que insiste em sua candidatura a presidente, como se ele, o partido, os supostos ideais que defende, se confundissem na sua pessoa – será ele e mais ninguém. O partido, que foi ao TSE contra a Folha de S. Paulo e o Uol por não incluírem Lula entre os candidatos a presidência sabatinados – não fosse esperteza canhestra, seria alienação clássica, a negação agravada.