A nova cepa da sarna

A polícia federal insiste em mandar Lula para fora de Curitiba. Custa caro e complica o trabalho na superintendência. Os procuradores discordam, querem Lula em Curitiba. Os juízes ainda não falaram e quanto a eles pode dar empate, Sérgio Moro contra, Carolina Lebbos a favor. Por que o ministério público quer Lula aqui? Digam o que disserem, os procuradores não conseguem disfarçar a vaidade profissional: eles denunciaram, eles obtiveram a condenação, Lula é um despojo de guerra.

Um referendo entre os vizinhos PF, só os moradores do Santa Cândida, fecharia com os delegados: Lula por ali é problema, atraso de vida. Não conseguem sair de casa, a bandidagem – a outra – aproveita o tumulto para pungar e assaltar. A limpeza pública não dá conta do lixo companheiro, o trânsito vira um inferno, aquele barulho sacal dos gritos de guerra. Tanta gente num só lugar exige apelo à saúde pública . Não exagero, uma das causas de disseminação de doenças é a aglomeração humana.

As doenças transmissíveis em aglomerações como as do Arraial de Lula vão desde a gripe até a sarna –  nova cepa, o vibrião GH, identificada no Hospital Osvaldo Cruz. Outra, a doença que levou Lula à cadeia não dissemina no Arraial. O povo lá se contenta com os R$ 30 por dia, da verba indenizatória dos políticos. Essa doença não é transmissível nos aglomerados humanos. É transmitida nos gabinetes, quando o dinheiro passa da mão do empreiteiro para a do/a político/a corrupto/a.

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