O deus-dará

Político nunca aprende. Como a ideia estrambótica de o ex-ministro Joaquim Barbosa vice na chapa de Geraldo Alckmin. Esqueceram que no Brasil vice deu de herdar ou golpear a presidência? Esqueceram de Jango, Sarney, Itamar e Temer? Pior, esqueceram de Floriano Peixoto, o primeiro vice conspirador.

Tirando Itamar, que de cara entregou o governo para FHC, o resto só fez estrago. Joaquim Barbosa não tem o carisma, mas tem o temperamento de Jânio: bate-lhe um tilt e ele manda tudo pro espaço e caímos em mais uma de tantas crises. Imaginem Barbosa governando com aquela agoniante dor na coluna.

Partidos e políticos só pensam em vencer a eleição. O depois, governar, vai no deus-dará: pode-se lotear estatais, compor, comprar,  alugar ou fazer leasing de bancadas no Congresso. Logo bate a sanha chantagista dos deputados e senadores. Daí vem o desengano e a crise, com ou sem golpe. Acontece que Deus não é mais brasileiro.

 

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