Sérgio Moro prometeu e cumpriu: começou o ano criticando Lula no Palácio Alvorada. Segundo ele Lula não pode morar em palácio projetado por comunista, Oscar Niemeyer. A realidade é outra. Para ele Lula nunca devia deixar de ser metalúrgico; e agora, eleito pela terceira vez, devia ser rebaixado para guardar carros em frente ao palácio da República de Curitiba, onde uma vez Sérgio Moro estuprou a deusa Temis, como Poseidon fez com Medusa. É a prometida ” oposição doutrinária”.
A “doutrina” de Moro todos conhecem, é a mesma daquele procurador nazista que disse que ao ouvir a palavra cultura logo engatilhava sua Browning (o imbecil não teve a decência nacionalista de lembrar da Luger ou da Mauser, marcas alemãs). Está aí a “doutrina” de Moro: classista, preconceituosa, ignorante e burra. A crítica de Moro equipara o senador da base de Lula (está no União Brasil) aos talibãs que explodiram os palácios milenares esculpidos em pedra em Palmira, Síria.
Se pudesse – e ele deixou de poder qualquer coisa, a não ser desempatar votação no Senado – ele mandaria pintar de preto a Capela Sistina, pois aquilo foi obra de Michelangelo, um gay imortal. O fracasso subiu à cabeça do juiz da Lava Jato.