O STF demora anos, às vezes uma década e meia, para julgar processos de políticos. Demora tanto que não raro a aplicação da lei, no caso a punição, prescreve. Não são poucos, são a maioria. Agora, no processo de Lula, há esse atropelo para contornar o julgamento do recurso no TRF de Porto Alegre, que pode levar à prisão do ex-presidente.
Isso acontece no STF com a maior naturalidade, como se fosse normal tanto o retardamento quanto a pressa. Entende-se a pressa de Lula, o risco é dele, de resto o primeiro político contra quem há pressa de julgar. Mas a pressa para julgar os processos de outros políticos, que dormitam no STF, é responsabilidade do MP. Que os deixa dormir o sono dos injustos.