CARO, fiz a longa caminhada hoje de manhã, pela pista-ciclovia que acompanha a estrada de ferro, quase seis quilômetros. Me senti em outra cidade, aquilo não era a Curitiba em que crescemos e esta em que ainda vivemos. Todo mundo se cumprimentava. Alguns com sorrisos forçados, a maioria quase que aos brados de bom-dia.
O Luir Ceschin, que também caminhava por lá, um dia me disse que as saudações não eram simpatia nem educação. “É caso de reconhecimento facial, para estabelecer quem é mocinho e quem é bandido”. Fazia sentido, na época tinha assalto, até um assassinato na pista.
Hoje, não sei, mas na dúvida não só dou meus bons dias como olho bem na cara dos peripatéticos da pista. Pra que eles saibam que eu sei que posso saber quem é mocinho e quem é bandido por lá. (Saverio Marrone)