Se desacertemo no ó

Polícia achou dinheiro escondido na banheira da casa do presidente da Câmara de Petrópolis, RJ (Foto: Reprodução/InterTV)

Não, isso aí em cima não são as sobras que não couberam nas malas de Geddel Vieira Lima (MDB/BA), ex-deputado, ex-ministro (FHC, Lula e Temer) e vice-presidente da Caixa Econômica no governo Dilma. Isso aí em cima é dinheiro encontrado no banheiro da casa e no carro de Paulo Igor Carelli, vereador presidente da câmara de Petrópolis. O partido dele, pasmem, é o MDB velho de guerra e fresco na ladroagem.

Grana de propina recebida no contrato de R$ 4,9 milhões com empresa de prestação de serviços para a câmara de vereadores. Se até aqui não há novidade, preparem-se para a surpresa. Quem identificou os vícios do contrato e levou à investigação? O TCE/RJ, o tribunal de contas, aquele que tem seis dos sete conselheiros na cadeia, corruptos desde que Estácio de Sá desembarcou em São Sebastião do Rio de Janeiro.

Não é o Brasil em transição, o efeito Sérgio Moro. Trata-se de trivial acidente no intercurso da política (sim, intercurso, aquele que fazem com a Viúva; não o de percurso). Como dizia a polaca da Barreirinha sobre o fim da sociedade no salão de beleza: “Se desacertemo no ó” – aquele velho gesto sobre o dinheiro. Ia esquecendo: os papeizinhos nos maços de dinheiro vinham com iniciais e nomes. Ó dúvida cruel.

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